quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Sexta Feira, 5 de Fevereiro de 2010

I don't want this to change. Eu ando uma mistura de sentimentos e sensações ambulante, eu ando tudo que um dia eu jamais imaginei ser. E não sei dizer isso pra você, não sei mostrar tudo isso. Eu acredito que você já tenha tantos problemas que não quero te encomodar com os meus... Não sei, deixo de falar muita coisa pra poupar você. Já me dói tanto te ver nas suas crises paranóicas, ansioso, ou de cara com algo que eu tenha dito ou feito... Mas tudo tá me sufocando, eu tô passando por muita coisa difícil ao mesmo tempo, e eu sinto falta de um ombro. Não que você não me dê, pelo contrário, mas não é a mesma coisa. Não sei se entende, mas eu precisava contar tudo que tem acontecido pra alguém, não que eu não confie em você, mas eu não sei se é sensato isso agora. Tenho tido tantas crises depressivas, tantos acessos de choro que nem mesmo eu entendo, eu não sei o que se passa comigo. Mas você, mesmo que involuntáriamente tá me ajudando... E eu agradeço, mesmo que em silêncio. Eu estou sim muito feliz com como as coisas estão, meu sorriso transparece a felicidade que eu tenho no coração, mas esconde meu rosto que se afoga em pensamentos. Mas isso tudo vai passar, e eu vou sentir que tenhos forças novamente pra me levantar e cuidar de você também, de nós dois. Não que seja fardo nem nada, é um prazer meu, e também te poupando de problemas que com os quais você não precisa se preocupar porque mais dia menos dia eu dou conta, eu só não quero deixar atrapalhar nós dois.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Pedra por pedra...

Seu reino insalubre, carente de de calor humano, carente de cores... Mas cheio de luz.
Seu legado irrelevante, mórbido... Mas gerados de empenho e de dor.
De lágrimas cercou sua fortaleza e dentro dela administrou os mais turvos sentimentos
Sólida, sozinha, sórdida...

...Mas reinou.

Desejo

Eu te quero sem roupa e sem pudor, no meio da minha casa. No centro de todas as minhas paredes e pensamentos. Eu te quero sem limites, sem anseios nem boas maneiras, te quero cru.
Eu sei que o que eu procuro está aí dentro, e não importa os empecilhos, eu vou continuar cavando até encontrar e sentir o que eu quero sentir...

Eu te amo, gata.


Sei que podem até rir desse post e da minha relação com a minha gata, mas eu nem ligo.

Fazem dois meses que eu não a vejo, dois meses que eu não a aperto e esse post é pra ela.


Minha gorda, eu sei, que as vezes eu sou chata. Eu sei que as vezes tudo que tu quer é um carinho atras da orelha e um cantinho quente pra dormir e, em muitos momentos eu não tenho paciencia e acabo te empurrando ou deixando de lado, peço pra esperar. Mas tu sempre vem nas horas erradas tambem! tu as vezesme encomoda muito, quando morde meus pes de noite, quando acha que eu estou brincando contigo mas eu NÃO estou e aí fica me apurrinhando...

Mas quer saber, eu tô com saudade. Eu tô com MUITA saudade de tentar ler contigo deitada no meu peito, de ter que dar um espaço pra ti de noite na cama. Sinto falta da sua cara de quem me esnoba quando eu conto as coisas pra ti, eu amo conversar contigo. Sinto falta de te apertar quando eu choro e desabafar, porque tu nunca me negou um abraço (apertão...) mesmo que continuasse me olhando com cara de quem não entende nada. Tô com saudade ate de tu miando de manhã, pedindo carinho antes de eu ir pra escola! E isso é falha minha, eu que te deixei mal acostumada a dormir comigo e acordar com carinho na orelha, hunf. Mas é tão gostoso ver sua carinha feliz e te ouvir ronronar, tão bom sentir voce chegando mais perto e se aconchegando a noite pra ficar mais quentinha comigo... as vezes quando tu fica me olhando nos olhos sem parar quando deitamos me assusta, sua psicopata... Voce deve estar enorme de gorda, uma delicia. Sei que quando eu te ver eu vou te apertar muito, com certeza vou chorar.

Eu lembro de voce do tamanho de um ratinho *-* lá na casa da Jane, nos ensaios das staminas... eu te escolhi no meio de todos os outros gatinhos pra brincar, e voce mamou no meu dedo e dormiu no mas minhas maos, que em conchinha faziam uma cama perfeitinha pra ti *---* tao gostosa desde nenem... lembro do dia que fui te buscar, que vc ficou miando e miando quando eu te colocava no chao pedindo colo, e que vc tinha medo da Bambina. Algumas coisas nao mudaram nada, voce continua a criatura mais gulosa e carente do mundo...

Eu sei, te chamo de gorda inutil, de fedida, de imprestavel, mas é sempre com o maior carinho do mundo porque EU TE AMO e eu te considero uma filha, uma amiga. Eu amo te mimar, amo conversar contigo e eu acho a coisa mais linda do mundo quando tu me responde com aqueles seus miados engracados que parecem gente!

Queria tanto voce aqui nessa cama, pra deitar no meu peito como voce faz e ficar ronronando e me olhando, queria voce pra conversar, pra contar do meu dia e ter como resposta a sua cara de "vc eh meio maluca de conversar comigo, porque eu nao respondo", que eh a coisa mais linda e inocente desse mundo! é sua gorda, ta me fazendo muita falta.


E acho bom voce ir se preparando pro maior apertao do mundo e muita enchecao de saco e mimos mimos mimos quando eu chegar.


JUMA, EU TE AMO SUA GORDA INUTIL FEDIDA MAIS LINDA DO MUNDO (L)

domingo, 23 de janeiro de 2011

Nihil.

o não sentir me parace tão atraente! O nada reinando, nihil, somente.
Flutuando na ausência e divagando no vazio... Me imagino deitada nas palavras que me fazem perdurar, haha... NADA! Elas não existem, EU não existo. Nada me toca, me afeta, me vê.
Sou eu quem rio agora.

Doce sonho.

Vida

...Paradoxal.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

- MÃAE!! - Ouviu-se um grito desesperado na casa aparentemente calma.
- Sim?
- Vem aqui, por favor!!
- Que que é?
- Cólica, faz uma bolsa de água quente pra mim!
- Tá filha, dez minutinhos...

Ela já sabia havia alguns anos, que os dez minutinhos de sua mãe poderiam ser dez eternidades ou, com sorte, meia hora mas não tinha cabeça pra pensar nisso. A dor tinha que parar, era tudo que ela queria naquele momento... Gritou, esperneou e desesperou na cama morrendo de raiva do mundo e, de ser mulher. Isso acontecia de tempos em tempos, quando ela precisava ir ao ginecologista, quando pensava que era ela quem iria ter que carregar um bebê e que, óbvio, era de certa forma inferior a um homem. Mas em nenhum momento sentia tanto ódio do seu sexo quanto nessas horas agonizantes.
"Maldita cólita, maldito útero, eu vou TE ARRANCAR COM OS DENTES!" Ela pensava, enquanto rolava na cama. A dor era tanta que não conseguia ficar parada, tinha que se movimentar, em vão, procurando esquecer da dor.
- MÃAE! VAI LOGO! PARECE QUE ACENDERAM UM ESQUEIRO NO MEU ÚTERO!
- JÁ-VAI!
Ela estava pra explodir, seria capaz de matar um ali mesmo da raiva que sentia. Dor, para ela só tinha um resultado: o stress e a intolerância.
Tamanha era a força que fazia apertando o colo que seu estômago começou a embrulhar e, ao mesmo tempo que tentava se concentrar e pensar noutras coisas que a destraisse da cólica . Sentiu ânsia. Colocou a cabeça pra fora da cama e vomitou ali mesmo. Enquanto isso acontecia pensou na facilidade que ela tinha para vomitar, era quase um dom.
- MÃE!
- JÁ DISSE QUE JÁ VAI!
- NÃO É ISSO, EU VOMITEI...
- AH FILHA, JÁ TO INDO!
Dessa vez a mãe veio e, juntando toda a força que restava ela se levantou e foi até o banheiro deitar debaixo do chuveiro quente, já que a bolsa não viria naquela semana. A água corria e aliviava um pouco aquela dor que, não só a fazia contorcer como sentir queimar por dentro, como se tivesse um homem gigante apertando seu colo com um só dedo e rindo.
Saiu do chuveiro, meteu somente uma camiseta qualquer. - Normalmente, as camisetas quaisquer eram as largas e grandes de banda, ou um par de moletons do namorado que ela guardava em seu armário só pelo prazer pomposo de ter o cheiro. Deitou e rolou por mais alguns minutos.
Adormeceu sem que nem percebesse...
Acordou então com uma sensação boa. Olhou para a direita e viu o namorado ali, do lado da cama segurando na mão dela. Como ele tinha parado ali ela não sabia e muito menos se interessava. Estava descabelada - dormira com o cabelo molhado -, suada, com a cara inchada de tanto chorar e deveras rouca do tanto que gritou nas horas anteriores, mas nem se importou. Ele olhava pra ela como quem não sabe o que dizer e de alívio, dava pra ler no rosto dela que a dor já nem estava mais naquele quarto e que a aparição dele a surpreendera.
Ela chegou um pouco pro lado, pra esquerda. Aquele não era o lado dela na cama, ela dormia SEMPRE na direita, até porque era sempre a última a se deitar e a primeira a levantar... Mas nesse dia ela nem se lembrou disso, só queria curtir a sensação de não haver dor nenhuma, como era bom. Abriu o edredon pra que ele entrasse e esperou aquele abraço gostoso que a tanto tempo a aninhava com perfeição...
Ele se uniu a ela na cama, e ela virou de costas, como gostava para que ele a abracasse e ela sentisse aquela sensação estranha de proteção quando deitavam daquele jeito. Tudo estava bem, não havia dor, só o silêncio e o abraço daquele que a amava e que tinha simplismente surgido ali, como se soubesse que ela precisava.

- ...Mãe, como o ele veio pra cá?
- Você gritou o nome dele algumas vezes enquanto dormia e rolava de dor, então eu liguei e pedi pra que ele viesse... parece que pelo jeito foi bom.
- Foi ótimo.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

As paredes pareciam diminuir com o tictac insistente do relogio, as veias saltavam e por mais que pulsassem nao sentia mais o sangue correndo. Virou-se em menos de um segundo e disparou:
- Você é insuportável, é essa a verdade.
- Ah, é mesmo? Tá fazendo o que aqui então? Ninguém te obriga a ficar aqui com o insuportavel, tem toda a liberdade do mundo e sair. Eu tambem ja estou achando tudo isso uma merda!
- É, eu poderia muito bem juntar todas as minhas coisas e...
- Coisas?! Essa parafernalha toda! Nunca vi alguém que precisasse de tanta coisa e ,mesmo amontoado tudo isso que você tem se resume em inutilidade, atraso de vida!
- Quer fazer o favor de me deixar concluir? Sim, amor, você é insuportável... Por muitas noites eu cogitei até mesmo te sufocar com aquela porra de travesseiro antialergico. Mas eu ainda não perdi a cabeça, eu ainda te amo com todas as minhas forças... Agora chega pra lá que seu pé tá me encomodando. A gente precisa de um sofá maior...
- Precisamos é de uma vida nova isso sim.
- Eu já pedi pra não fumar dentro de casa!
- Vou morrer cedo mesmo...
- Odeio esse teu pessimismo.
- Odeio o jeito sexy que me olha quando fica brava.
Se atracaram no sofá pequeno, o relógio já nem marcava presença e as paredes não conseguiram conter as vozes daquele amor maluco, puro...

domingo, 16 de janeiro de 2011

Ele saiu... Tinha uns quinze minutos até que retornasse. Pensou consigo mesma por alguns segundos e resolveu fazer um agrado inusitado, dirigiu-se com uma pressa comica ate a cozinha atras de algo para o amado que chegaria logo com a vodka.
Pensou na vodka, pensou na surpresa dele ao ver que ela havia cozinhado algo. Essa experiencia de casal estava se mostrando cada vez mais produtiva, uma vez que se conheciam a fundo e gozavam de liberdade e intimidade. Parou alguns segundos com a sopa de letrinhas em maos e pensou no tamanho do sentimento que nutria, e no quao forte o abracaria quando entrasse porta a dentro.
Ferveu a agua e tentou cozinhar a sopa, nao sabia se estava certo... no fim das contas a sopa tinha virado uma papa mas fora feita com todo o carinho e amor do mundo. Estando ciente disso, se deu por satisfeita.
Ele chegou! Como se nao o tivesse visto por semanas o apertou forte contra o peito e beijou vorazmente sua fronte grande e palida, que se ergueu numa expressao de surpresa:
- aconteceu alguma coisa amor?
- nao! precisa acontecer para que eu te abrace? senti saudades, soh isso.
- hm... entao, o que eh aquilo ali no fogao? foi voce quem fez?
- foi! eu fiz uma sopa de letrinhas pra ti! nao ha nada de especial nela, esta meio estranha mas o gosto esta bom, eu provei.
- que linda, minha namorada me fazendo sopa.
Ele colocou a vodka em cima do balcao, sem nem tirar da sacola plastica. Ela, cheia de jubilo e deveras com um rubor infantil na face comecou a servi-lo.
- assim esta bom?
- esta otimo... eu comprei a vodka mais barata e alguns limoes, o que voce fez enquanto estive fora?
- soh a sopa mesmo e, pensei muito em nos. - ela observava com devocao cada um de seus movimentos, o admirava e diante daquela cena linda mais uma vez se perdia em devaneios e procurava maneiras de medir e expressar seu sentimento.
- algum problema? - segurou a colher na metade do caminho e a encarou afetado
- nao meu amor! pensava coisas boas, sentia tua falta.
- hmm esta sopa está mesmo uma delícia
- vai querer mais? - ja estendeu a mao contentemente em direcao a caneca pra servi-lo de mais uma ou duas conchas da tao simaptica sopa de letrinhas
- nao, nao. estou satisfeito, mas guarde para amanha.
- pode dizer amor, sou uma eximia cozinheira e dona de casa.
- uma eximia namorada, isso sim.
- meu amor!
Terminado o manjar digno de dois amantes augustos, ela se dirigiu a sala para escolher um filme enquanto, de praste, ele preparava a caipirinha. Jogou um colchao qualquer no chao, buscou uma coberta e ta-dá, estava tudo perfeito. Flawless como ela teria dito. Nao escolheu filme algum, decidiu que queria apenas gozar da presenca do amado e esquecer do mundo com ele naquela noite que pertencia somente ao dois ...e assim seria eternamente.
Foi a cozinha e o surpreendeu com o abraco, ele, olhando de soslaio fez um beico irresistivel, pedindo por um beijo... ela, hipnotizada cedeu-lhe varios. Pronta a caipirinha, foram juntos e de maos dadas para a sala. Deitaram.
- espere um pouco- disse ela.
- o que amor?
- soh espera!
Ele esperou e, passados alguns segundos ela voltava com velas nas maos e as acendia em volta do colchao. A sala se iluminava aos poucos com o fogo enquanto os dois coracoes queimavam juntos desse amor sublime. Jah alterados, se olharam com tamanha conviccao e cumplicidade que ja nada no mundo importava, a vida estava ali e tinham um ao outro soh para si. Beijaram o beijo dos amantes verdadeiros e se amaram como se jamais veriam um ao outro, selando um compromisso eterno... de alma para alma e sem palavra alguma haviam decidido que assim seria para sempre, perto ou longe, somente um, o complemento do outro e vice versa.
Ela adormeceu, ele a apertou contra o peito... inconscientemente ela levou a mao ao peito dele, como ele tanto gostava, retribuindo o o gesto de carinho.
- you are so cute when you are asleep, I will always take care of you.
Dormiram juntos, o sono dos justos...